quarta-feira, 1 de setembro de 2010

kristen e Dakota gostaram de ser prostitutas




Filmes geniais sobre bandas têm um ou nenhum. Curiosamente a coisa melhora quando protagonizam grupos fictícios (“Quase famosos”, “Spinal Tap” ou “The Wonders”), mas geralmente cinema e rock and roll são dois conceitos que não acabam em obras definitivas.

The Runaways, relato da formação, sucesso e morte do primeiro grupo de garotas que triunfou em um gênero reservado para os homens, tão pouco é mesmo que ofereça suficientes argumentos para disfrutar tal interesse além do rock.

A história está bem construída e aborda os tópicos e rotinas com convicção e credibilidade. Nota-se que as verdadeiras Joan Jett e Cherie Currie, que participaram da produção desde o início, sem fazer concessões à lenda, retratando o lado mais podre do rock sem ser áspero nem ter nostalgia.

Ninguém se salva nesse festival de egos e hedonismo a toda, porque apesar do drama, a intensidade e a ruptura, basicamente não há culpas nem nada para jogar na cara. Esse ponto de vista feliz que significa estar numa banda é todo um acerto, já está bem em musicais biográficos de autodestruição e redenção.

Outra boa notícia: Kristen Stewart ficou incrível fora da Saga Crepúsculo. Na pele de Joan Jett se saiu bem de um duelo com um monstro como dakota Fanning, que interpreta a cantora Cherie Currie de forma hipnótica. Sua presença no palco, suas dúvidas fora dele, seus ataques quando pega as substâncias, seus looks; basta olhar para ela uns segundos para querer por sua foto na carteira. Se não era já uma estrela, agora é em dobro: do rock e do cinema.

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